Estrelas Cadentes



Meteoro do tipo bólide. (JPL/NASA).
O antigo medo de o céu cair nas nossas cabeças não é de todo descabido de razão. O espaço interplanetário está repleto de partículas de poeira e de pedras que irrompem na nossa atmosfera, ardem e na maior parte dos casos, vaporizam-se. Por vezes, alguns blocos maiores atravessam o invólucro gasoso do nosso planeta e chocam com a superfície: são os meteoritos, oriundos, na quase totalidade, da cintura de asteróides, uma região de miríades de pequenos planetas com órbitas essencialmente compreendidas entre as de Marte e Júpiter. Também quando um cometa se desloca no espaço interplanetário, as suas partículas dispersam-se por todo o lado. Muitas intersectam a órbita da Terra e ao colidirem com a nossa atmosfera produzem longos rastos luminosos a que o povo se habituou a chamar de “estrelas cadentes”.

Eventos maléficos

Durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas como corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes o prenúncio de eventos maléficos. Os gregos sabiam já que este fenómeno não correspondia à mudança ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas e distantes, mas não encontraram uma explicação para os rastos luminosos do firmamento.

Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo. Os maiores, resistindo ao calor da fricção, conseguem chegar até nós: são os meteoritos que podem ser admirados nas colecções dos museus de História Natural. Quando no espaço interplanetário, antes de atingirem a atmosfera terrestre, estes corpos têm a designação de meteoróides.


Partícula de Brownlee observada em microscópio electrónico de varrimento; tamanho da barra 10 microns. (cortesia Donald Brownlee).
Muitas partículas largadas pelos cometas dispersam-se em enxames ou correntes por todos os lados, podendo acontecer que cruzem a atmosfera terrestre. Muitas, com dimensões milimétricas ou microscópicas, atingem os oceanos e os continentes, enquanto outras ficam suspensas na estratosfera. Há muito que os cientistas vêm recolhendo e analisando este material. Chamadas de “partículas de Brownlee” - do nome do cientista que inicialmente as estudou e responsável chefe da missão da NASA “Stardust” que brevemente irá trazer até nós partículas recolhidas no cometa Wild 2 - a sua composição tem sido determinada com o auxílio de potentes microscópios electrónicos e microssondas, correspondendo a compostos carbonáceos pouco ou nada alterados e representando o material primordial que compôs a nébula de gás e poeira que esteve na origem do sistema solar. Com os resultados das sondas que visitaram o cometa de Halley em 1986, verificou-se que a composição daquelas partículas era a mesma que a parte rochosa dos núcleos cometários. Apresentam uma fracção orgânica rica em carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto - designada por CHON, das iniciais daqueles elementos - e agregados micrométricos de silicatos de magnésio, cálcio e alumínio, bem como partículas de ferro e níquel.

A aceitação dos Meteoritos

Corpos maiores, caídos do céu, simples rochas na aparência, os meteoritos tiveram papel destacado na vida dos nossos antepassados, quer pelo misterioso que envolvia a sua queda, quer pelo enigma que a sua proveniência colocava. Foram também objectos que cedo despertaram um interesse, por vezes como talismãs, a maior parte como armas ou ferramentas. Quando do tipo metálico, constituíam excelente matéria-prima para o fabrico dos mais diversos utensílios e objectos de defesa, havendo evidências de que foram utilizados com esse fim pelos mais variados povos, como os egípcios, os maias, os incas, os astecas e os esquimós. Alguns hieróglifos egípcios mostram já que aquela civilização tinha conhecimento de que os meteoritos provêm do firmamento, designando-os por "ferro do céu".

Também no plano religioso, os meteoritos ocuparam um lugar de destaque. A queda de um meteorito relativamente grande pode configurar um fenómeno atemorizante. Assim, não era raro que os antigos atribuíssem ao evento um carácter sobrenatural. Muitas tentativas de localizar meteoritos mencionados em relatos diversos acabaram por conduzir os pesquisadores a templos onde esses objectos eram mantidos em lugares resguardados. Os exemplos da Pedra Negra ligada ao culto da deusa Cíbele e do objecto negro de adoração na Caaba - edifício erguido aproximadamente no centro da grande mesquita de Meca - são disso evidência.

Mas o Homem não se contentou apenas, ao longo da História, em usar ou adorar estes corpos caídos do céu. Também procurou explicá-los, vendo-os como fenómenos da natureza, ainda que extraterrestres. São conhecidas tentativas dos gregos nesse sentido. O filósofo grego Anaxágoras (c. 500-428 a.C), na base dos seus conhecimentos astronómicos, afirmou que algumas pedras podiam cair na Terra provenientes do Sol. Por seu lado, o filósofo Diógenes (413-327 a.C.) postulou uma conexão entre os meteoritos e as estrelas, situando assim a sua fonte fora dos limites da Terra. Aristóteles (384-322 a.C.) considerou os meteoros como fenómenos atmosféricos, conquanto a sua concepção de atmosfera fosse diferente da actual. Não se referiu porém aos meteoritos como pedras provenientes do céu.

No Ocidente, a queda mais antiga de um meteorito, cujo material ainda se encontra preservado, deu-se em Ensisheim, na Alsácia. Tratava-se de um meteorito pétreo que caiu a 16 de Novembro de 1492, às 11 e 30 minutos, antecedido de uma violenta detonação. Diz-se que o Imperador Maximiliano se referiu a esta queda como a proclamação do sinal de Deus directamente contra os turcos. Os sábios da altura não tiveram conhecimento da pedra de Ensisheim e, posteriormente, declararam a queda como um milagre de Deus, escamoteando o carácter natural do fenómeno. A verdade é que o meteorito pétreo de Ensisheim (pelo menos o seu maior fragmento de 54,7 Kg) ainda se encontra presente no átrio do edifício da câmara da cidade.

Foi esta atitude da Idade Média, atribuindo as descrições de quedas de pedras do céu a fenómenos divinos, que fez com que a ideia de os meteoritos caírem realmente do firmamento só muito mais tarde viesse a ser aceite.

O primeiro grande avanço no reconhecimento da queda de meteoritos surgiu em 1794, quando um advogado e físico alemão, E.F. Chladni, escreveu um livro intitulado Observações Sobre uma Massa de Ferro Encontrada na Sibéria pelo Professor Pallas e Outras Massas desse Tipo, com Algumas Conjecturas Relativas à Conexão com Certos Fenómenos Naturais. Chladni focava neste livro a relação entre as conhecidas "bolas de fogo" e os meteoritos, mostrando claramente que a origem extraterrestre para estes era a única hipótese que se conjugava com todos os factos disponíveis. As ideias de Chladni não foram imediatamente aceites. Alguns químicos e mineralogistas do século XVIII apresentaram outras ideias, chegando a sugerir que os meteoritos eram provocados por trovoadas atmosféricas ou eram rochas ejectadas por violentos vulcões. A controvérsia foi mesmo levada para a Academia de Ciências de França.

Em 26 de Abril de 1803 um fenómeno veio esclarecer as dúvidas: na aldeia de l´Aigle, na Normandia francesa, uma chuva de fragmentos de um grande meteorito caiu na aldeia e foi observada por centenas de habitantes, na sua maioria homens do campo. Ao ter conhecimento da ocorrência, a Academia de Ciências de França enviou o notável físico Jean Baptiste Biot investigar o assunto. O seu relatório detalhado foi apresentado em 1807 e estabelecia que as pedras caídas em l´Aigle eram o resíduo de uma gigantesca "bola de fogo". O estudo de Biot convenceu a comunidade científica de que Chladni estava correcto e que os meteoritos eram rochas provenientes do espaço exterior.

É curioso referir que em 1796, dois anos depois do livro de Chladni, o poeta e homem de letras inglês Robert Southey visitou o seu tio que vivia em Lisboa e passeou-se por Portugal. Quando no ano seguinte regressou a Inglaterra publicou um escrito sobre um fenómeno que observou no nosso país: "Na tarde do dia 19 de Fevereiro de 1796, próximo de Évora, uma pedra de 10 libras caiu do céu". Chegou mesmo a fazer uma descrição detalhada da amostra, cujo paradeiro hoje é desconhecido, mas escusado será dizer que ninguém acreditou neste relato. A certeza de que do céu caíam pedras só foi estabelecida dez anos mais tarde pelo físico Jean Baptiste Biot, depois da "chuva" de três mil pedras na vila de l´Aigle.

Esporádicos e Enxames


Chuva de meteoróides: (a) corrente das partículas oriundas de um cometa quando intersectam a atmosfera terrestre; (b) posição da radiante no firmamento (adaptado de Bone 1993)
Mas os meteoros – o fenómeno luminoso – podem ser observados todos os dias. Os mais impressionantes deixam colunas brilhantes ao longo das suas trajectórias. Estas colunas espectaculares são como cilindros formados pelos gases em expansão que permanecem visíveis desde alguns segundos até alguns minutos, não mais de meia hora. Com menos frequência estas colunas podem ser observadas durante o dia. Os meteoros mais impressionantes – chamados de bólides – têm uma “cabeça” muito brilhante e composta de várias cores, que são um indicativo dos elementos que compõem as partículas. Estes meteoros excepcionais penetram a atmosfera em profundidade e atingem níveis muito mais baixos onde se produzem fenómenos sonoros, perfeitamente audíveis alguns minutos após a observação visual da queda.

As “estrelas cadentes” podem ser divididas em dois grandes grupos: as esporádicas, que parecem provir de todas direcções – o que se pode explicar supondo o espaço interplanetário cheio de pequenos corpos meteóricos; e as radiantes ou enxames de meteoros que resultam do cruzamento da Terra com correntes de meteoróides – que se sabe estarem relacionados com as órbitas de alguns cometas.



Intersecção da corrente de meteoróides com o plano da órbita da Terra (adaptado de Bone, 1993).



Formação e evolução de uma corrente de meteoróides a partir de um cometa (adaptado de Bone, 1993)
As "chuvas" ou enxames de meteoros são geralmente designadas pelo nome da constelação na qual se situa a radiante, ou também pelo nome da estrela brilhante próxima da radiante. Mais raramente emprega-se o nome do cometa com o qual o enxame está relacionado. A "chuva de meteoros" só ocorre quando a órbita do enxame intersecta, ou passa próximo da órbita da Terra e, além disso, o enxame e a Terra chegam ao mesmo tempo à intersecção. A posição deste ponto na órbita da Terra determina a data da "chuva de meteoros". É o caso do enxame das Perseidas, todos os anos em 11 de Agosto, em que os meteoros parecem todos provir da constelação de Perseu.

Periodicamente, a Terra, na sua órbita em torno do Sol, choca com enxames de partículas cometárias, produzindo-se, para os observadores nocturnos, um inesquecível fogo de artifício celeste. Talvez a maior “chuva de estrelas” dos tempos históricos, tenha sido em 1833 quando, aos olhos de observadores do Leste dos Estados Unidos, as fagulhas pareciam ser espessas como flocos de neve, e os menos avisados pensaram que as estrelas estavam a cair do céu e o Mundo estava a chegar ao fim.

Curiosamente para nós, os primeiros relatos conhecidos no Ocidente sobre “chuvas de estrelas” parecem ter sido feitos em Portugal. A página 245 do tomo 3º do Anno histórico, que pode ser encontrado na Torre do Tombo, conta que:

“Reinando em Portugal el-rei D. Pedro I se viram na noite de 27 de Outubro, ano de 1366, portentosos sinais no céu. Alta noite começaram a mover-se as estrelas com grande velocidade do levante a poente: logo se juntaram umas com as outras, e outra vez se dividiram para diferentes partes também com arrebatado movimento; depois se via que desciam do céu, como grandes poeiras, e que nele ficavam vazios os espaços de onde as estrelas faltavam. Durou este horrendo espectáculo largo espaço à vista de infinitos olhos, de gente infinita, que cheia de temor e horror, cria que se acabava o Mundo”.

Tempestades de Meteoros

Alguns enxames apresentam, periodicamente, autênticas “tempestades de meteoros”. Não aquelas que com muita frequência são anunciadas por alguns jornais, como aconteceu no caso das Perseidas em 1993, um fiasco jornalístico que merecia ser estudado sociologicamente e que deu origem a um conhecido programa televisivo com o nome “Chuva de Estrelas”. Essas raras tempestades, na maior parte das vezes imprevisíveis, geram uma média de milhares de meteoros por hora, como aconteceu na noite de 9 de Outubro de 1933 e da qual existem fantásticos relatos visuais. Nesse dia, o céu da Europa Ocidental foi riscado pelos rastos dos meteoros da cabeça do Dragão, uma constelação polar facilmente reconhecível. O “Jornal de Notícias”, do Porto, relata no dia seguinte o fenómeno:

“A noite de ontem, luminosa, permitiu ver com notável frequência, um fenómeno conhecido, mas que infunde sempre os maiores receios entre as populações. Desde que anoiteceu, o espaço foi cruzado por milhares de estrelas cadentes, constituindo um espectáculo magnífico, presenciado por toda a população. Os aerólitos luminosos – de cauda fosforescente – cortaram a atmosfera de todos os lados – de nascente para poente e de norte para sul… Em algumas populações vizinhas da cidade – Rio Tinto, S. Mamede, Águas Santas, etc. – a população veio para a rua com algum sobressalto. Alguns populares quiseram ver no fenómeno “sinais de guerra” ou castigo dos Deuses”…

A doutora Alfredina Costa do Campo, distinta astrónoma do Observatório Astronómico de Lisboa e especialista em meteoros, enviou-nos um relato magnífico da observação do fenómeno de 9 de Outubro de 1933 feito pelo seu pai, pessoa de inteligência e grande lucidez. Sem dúvida o melhor e mais objectivo da imensa colecção de relatos testemunhais que possuímos. Em simpática carta conta:

“Pouco depois do escurecer, começaram a ver-se os traços luminoso da passagem das “estrelas cadentes” em número sempre in crescendo, chamando, sem apelo nem agravo, a atenção de todos.
Na varanda da nossa casa de Vale de Lobo, Mirandela (Trás-os-Montes), meus pais e eu apreciámos com admiração e algum terror o espectáculo majestoso, belo e nunca visto do céu que parecia ir cair-nos na cabeça, como diziam os antigos bretões.
Quando os fenómenos da Natureza se manifestam, sejam de catástrofe ou simplesmente de maravilha como este, não podemos deixar de nos sentir terrivelmente impressionados pela sua força, pela nossa incapacidade de os alterar e, neste caso, pela gratidão a Deus ou a Quem nos oferece a oportunidade de sermos testemunhas de tal beleza…
Foi como me senti: maravilhado, grato e um pouco atemorizado…
Os riscos luminosos, uns mais brilhantes e duradouros que outros eram tantos, tantos, e tão rápidos, que parecia que todas as estrelas do céu se deslocavam das suas posições e que iriam cair sobre a Terra…A palavra chuva de estrelas era perfeitamente adaptada ao fenómeno a que assistíamos.
A minha mãe – Meu Deus, que é isto? Vamos morrer todos…
O meu pai – Qual quê? Todas as noites as vês…
Os vizinhos, entretanto, estavam verdadeiramente aterrorizados:
- uns punham-se de joelhos e imploravam “Meu Deus perdoa os meus pecados”;
- outros comentavam “é o fim do mundo”, ou “é guerra ou grande fome”;
- a maioria, principalmente mulheres, corriam para a igreja.


Das “chuvas de meteoros” mais importantes, as Perseidas são sem dúvida, as que mostram maior destaque. Os seus rastos são visíveis durante duas a três semanas, com um máximo de intensidade a cerca de 12 de Agosto, onde é possível observar uma média de 70 meteoros por hora. A sua actividade está relacionada com a órbita do cometa Swifft-Tuttle 1962 III. Outra também importante é a que ocorrerá entre 13 e 17 do próximo mês, as Leónidas, associadas ao cometa Tempel-Tuttle, e que nos últimos anos tem mostrado uma apreciável actividade. A “tempestade” de 1933 que acabamos de descrever é designada de Dracónidas ou Giacobinidas, estando associadas ao cometa Giacobini-Zinner, sendo o seu número irregular e de difícil previsão.

Nome do
Enxame
Velocidade
(km/s)
Data da máxima
actividade
Período de
visibilidade
Número médio de
meteoros por hora
Quadrântidas433 de Janeiro28 Dez. a 7 Jan.145
Líridas4720 de Abril16 a 25 de Abril45
ß Tauridas (*)3230 de Junho2 Jun. a 18 Jul.27
Perseidas6012 de Agosto23 Jul. a 22 Ago.100
Dracónidas-9 de Outubro6 a 10 de Outubrovariável
Oriónidas6621 de Outubro15 a 29 de Outubro75
Leónidas7217 de Novembro14 a 20 de Novembrovariável
Gemínidas3613 de Dezembro6 a 19 de Dezembro150
(*) Enxame diurno. Só registado por radar ou FM

Observando Meteoros


Foto da “chuva de meteoros” das Leónidas em 17 de Novembro de 1999 (20 minutos de exposição) e gravura histórica da tempestade das Leónidas em 1833 (cortesia do Armagh Observatory).
Qualquer interessado, munido do mais simples equipamento, pode fazer excelentes observações das “chuvas de meteoros”. Uma simples carta celeste, fácil de encontrar em qualquer livro de Astronomia, um relógio de precisão, um local escuro fora da cidade e uma forte dose de paciência, são os requisitos para uma primeira observação. O conhecimento profundo da esfera celeste é necessário.

Instale-se confortavelmente virado para a zona da radiante: conte os meteoros que vê durante uma hora, anotando o tempo exacto de aparecimento e duração de cada um; registe o brilho de cada meteoro, por comparação com o brilho aparente das estrelas mais conhecidas; marque na carta celeste a trajectória aproximada do meteoro. Se possuir uma máquina fotográfica tipo “reflex”, poderá obter excelentes fotografias. Monte a máquina num tripé e utilizando um filme apropriado dê, em locais muito escuros, exposições de 10 a 20 minutos. Verá que é uma questão de tempo até captar um ou mais meteoros.

Estudos sérios de “chuvas de meteoros”, quando devidamente orientados e integrados a trabalhos similares, feitos por astrónomos amadores e profissionais de todo o Mundo, permitirão aos cientistas planetários tirar importantes conclusões sobre a origem, evolução e actividade das correntes de partículas de meteoróides que, como se disse, parece estarem associadas aos cometas.

É sabido que todos estes corpos meteoríticos e cometários representam o material inalterado que constituiu a nuvem de gás e poeira que esteve na origem do sistema solar. Num sentido profundo, ao estudar-se a actividade destes enxames de meteoros estamos, indirectamente, na busca das nossas origens e a tentar compreender a nossa relação com o maravilhoso universo que contemplamos mas ainda mal entendemos. Na próxima semana analisaremos os meteoritos e como eles são importantes para astrónomos e geólogos.

Bibliografia:

  • Bone, N. (1993) Observer’s Handbook of Meteors. George Philip Limited, London.
  • Galopim de Carvalho, A & Monteiro, J.F. (1999) A propósito do meteorito de Ourique. Museu Nacional de História Natural, Lisboa.
  • Littmann, M. (1998) The Heavens on Fire: The Great Leonid Meteor Stroms.Cambridge University Press, Cambridge.
  • Monteiro, J.F. (1996) Meteoritos. Ed. Ribeirinho, Porto.
  • Trigo I Rodriguez, J.M. (1996) Meteoros: Fragmentos de Cometas Y Asteróides. Equipo Sirius, Madrid.
  • Porter, J. (1952) – Comets and Meteor Streams. Chapman and Hall, London.

    Na Net:

    The American Meteor Society

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